Apesar das críticas recentes aos governos progressistas que governaram alguns países da América Latina na última década, ainda “é prematuro falar de fim de um ciclo”, diz o sociólogo argentino Julio Gambina à IHU On-Line. Na avaliação dele, “o que há e continua a ocorrer é uma disputa entre a ofensiva capitalista, o neoliberalismo, e diversos processos críticos com a pretensão mais ou menos decidida de organizar outra ordem socioeconômica”, porque “as classes dominantes locais e mundiais pretendem reinstalar em ‘nossa América’ a agenda da liberalização como forma de superação da crise capitalista, emergente desde 2007/2008”.