Miguel d’Escoto faleceu na quinta-feira, exercendo novamente as suas funções sacerdotais tal como ele desejava, com a revogação de sua antiga suspensão a divinis. Ele tinha 84 anos e uma vida integrada com as fileiras da revolução desde a sua juventude. Participou da insurreição sandinista, na Nicarágua, em julho de 1979, sendo o sacerdote de Maryknoll, onde foi ordenado em 1961, precisamente no mesmo ano que surgiu a Frente Sandinista de Libertação Nacional, cujas fileiras ele militou desde o princípio. Logo após, quando a revolução derrubou ao último Somoza, Anastasio, ele fez parte do primeiro governo sandinista como ministro das Relações Exteriores e continuou depois com várias responsabilidades políticas nacionais nos governos liderados por Daniel Ortega, de 1979 até 1990. Isso lhe rendeu uma advertência e posteriormente uma suspensão a divinis, aplicada pelo cardeal Ratzinger na qualidade de prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, durante o papado de João Paulo II, no dia 5 janeiro de 1985.